Para fãs, curiosos ou apenas interessados em saber que fim levou Orson Welles no cinema, é indispensável o documentário A batalha por cidadão Kane. Produzido nos Estados Unidos em 1996 pela emissora de TV PBS, mostra a trajetória de Welles após o lançamento do filme Cidadão Kane, além de comentários do próprio cineasta e entrevistas a respeito do “personagem” real da história do filme, William Randolph Hearst.
No documentário, a personalidade de Hearst é reforçada como magnata das comunicações, responsável pelo monopólio do mercado da imprensa e surgimento do “jornalismo amarelo”, conhecido no Brasil como “imprensa marrom” por ser sensacionalista e manipulador. “Quando seu artista Frederic Remington chegou a Cuba, em 1897 para cobrir uma aguardada guerra entre Espanha e Estados Unidos e viu que não havia guerra nenhuma, pediu permissão para voltar e dizem que Hearst respondeu: – Arranje as imagens, que eu arranjo a guerra.” Disse o apresentador David McCullough, logo no início.
O poder de Hearst era tão grande que fez Welles sair das páginas dos jornais, o que significava sumir aos olhares do povo. Foi perseguido pelo empresário até que o caminhasse rumo à decadência. O cineasta chegou a receber propostas para uma possível compra dos negativos, entretanto, a paixão de Welles falou mais alto. Aquilo que parecia ser a nova sensação da época acabara por chegar ao alcance da população sedenta por inovação e conhecimento.
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