No dia 29 de abril de 1980 morria um cânone do cinema mundial. Causador de arrepios e frio na espinha, não é possível contar quantas pessoas já foram embaladas pelos mistérios de Alfred Hitchock.
Multidões foram surpreendidas com os belos finais e fascinadas com as tramas, até perderem a conta das inúmeras vezes que sentiram calafrios. O cineasta inovou o cinema com técnicas até hoje utilizadas por profissionais da área.
O suspense ficou famoso por merecida genialidade. Em vez de deixar o espectador esperando pelo desfecho, usava elementos durante o desenvolvimento do filme capaz de gerar expectativa na hora certa.
Seus personagens costumavam demonstrar uma ansiedade crescente durante a trama, até, finalmente, o momento clímax surgir. Além disso, para alimentar ainda mais o suspense, Hitchcock investia em efeitos de luz, som e ângulo. A criatividade também era um outro trunfo. Em “Psicose” (Psycho – 1960), por exemplo, para fazer o sangue de Marion Crane (Janet Leigh) foi utilizado calda de chocolate e o som das facadas, na realidade, é feito em um melão.
Os filmes hitchcockianos tinham personagens com características peculiares. Em alguns filmes, as masculinas, tinham a tendência de apresentar conflitos o relações estranhas com suas mães. Já as personagens femininas, em geral, eram loiras e meigas, entretanto, se apaixonadas, poderiam se tornar perigosas. Além disso, Hitchcock tinha figurinhas carimbadas em seu elenco, atores como Cary Grant, James Stewart e Grace Kelly.
As inovações de Hitchock não pararam por ai. Ele criou um termo para elementos que não são importantes na trama, mas que têm sua função, como a de levar os personagems ao conflito principal. O conceito foi denominado de “MacGuffin” e é essencial por dar a oportunidade ideal para que o enredo se desenvolva. Além disso, outro fator inovador era a participação passiva do cineasta em determinadas cenas. Hitchock apareceu na
maioria dos seus filmes nos mais variados papeis de figurante, lendo um jornal ao canto, atravessando a rua ou simplemente como um passageiro de um trem.
Não é à toa que o diretor leva o título de “mestre do suspense” até hoje, em pleno século XXI. Já se passaram milhares de obras que também mudaram a história do cinema e, mesmo assim, Hitchock continua causando profundas sensações de ansiedade no espectador.
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